Confusão mental, o que pode ser?
O encéfalo humano é um órgão extremamente complexo, responsável por processar e decodificar estímulos, integrando-os e atribuindo emoções e sentimentos aos estímulos sensoriais que o indivíduo recebe. É por conta das múltiplas funções que são processadas concomitantemente a nível neuronal que o indivíduo interage com o meio e com os outros indivíduos de forma adaptativa e assertiva.
O estado de vigília, a consciência e a preservação de funções cognitivas é o que permite ao indivíduo realizar certas tarefas, incluindo orientar-se e comunicar-se adequadamente. Porém, declínios da função cognitiva e alterações neurofisiológicas podem comprometer estas habilidades. É o que ocorre, por exemplo, durante o estado de confusão mental, o qual será definido a seguir.
O que é
A confusão mental é um estado de perturbação que pode tanto estar associado ao rebaixamento do nível de consciência quanto a alterações importantes no fluxo do pensamento e no desempenho de funções cognitivas como atenção, concentração, memória e funções executivas. Como resultado, o indivíduo durante um estado de confusão mental fica desorientado, podendo ter dificuldade para lembrar a data e local onde se encontra, reconhecer pessoas de seu convívio ou mesmo concluir tarefas simples.
Em alguns casos, o indivíduo pode ainda apresentar pensamentos desconexos e agitados, tendo um discurso desorganizado e ilógico, que o faz lembrar um episódio de delírio ou desconexão com a realidade.
Causas e fatores de risco
A confusão mental pode ser causada tanto por eventos patológicos e graves quanto por alterações fisiológicas bastante comuns e passageiras. Entre os fatores que contribuem para a confusão mental, destacam-se os seguintes:
- Privação do sono
- Infecções
- Hipoglicemia
- Baixa oxigenação
- Estresse ou ansiedade elevados
- Febre
- Tumores encefálicos
- Traumatismo craniano
- Evento traumático intenso (sofrer ou presenciar um acidente ou morte de alguém, ter sofrido ou presenciado um assalto ou assédio sexual recentemente, etc.)
- Doenças neurológicas causadoras de demência
- Uso de substâncias psicoativas
Diagnóstico de confusão mental através do EEG
O diagnóstico do evento causador de confusão mental pode ser realizado através de entrevista com profissional da saúde, obrigatoriamente junto de algum exame que permita avaliar a função neurológica de forma mais específica. Existem diferentes exames neurológicos para esta finalidade, cada um voltado mais especificamente para avaliar um conjunto de funções. Como as principais alterações causadoras de confusão mental são alterações funcionais (alterações do padrão de atividade dos neurônios), o principal exame auxiliar no diagnóstico da confusão mental é o eletroencefalograma (EEG). Trata-se de um exame não invasivo, onde eletrodos são posicionados na cabeça do indivíduo para registrar a atividade química e eletrofisiológica dos neurônios. Por conta do padrão no qual são distribuídos os eletrodos, não apenas é possível identificar alterações funcionais no encéfalo do indivíduo, como também é possível precisar a região onde está havendo alteração no padrão eletroencefálico.
Em casos raros e muito específicos, o padrão observado no EEG pode necessitar um exame de ressonância complementar para descartar alterações estruturais malignas, como tumores encefálicos ou alterações neurodegenerativas, por exemplo. Mas em geral, o EEG junto de uma entrevista de anamnese completa já é suficiente para identificar a confusão mental e a alteração neurológica que contribuiu para este evento.
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