A enxaqueca é um tipo de cefaleia (dor de cabeça), caracterizada principalmente por sua intensidade elevada e pela sensação pulsátil em um dos lados da cabeça (em alguns casos a dor pode ocorrer em ambos os lados). Trata-se de um distúrbio neuro vascular, onde a predisposição genética é um dos principais fatores. Sua duração costuma variar de 4 a 72 horas, e pode ter intensidade variável. Em casos mais intensos, a pessoa pode apresentar náusea, vômito, sensibilidade à luz e sensibilidade ao som, o que impede que a pessoa possa realizar suas atividades cotidianas.
No que se refere à prevalência de enxaqueca na população, sabe-se que a doença atinge quase três vezes mais a população feminina em relação à população masculina. Estima-se que de 5% a 25% das mulheres possuam enxaqueca, enquanto apenas 2% a 10% dos homens apresentam a patologia. O período do desenvolvimento no qual a enxaqueca é mais comum é entre os 25 e os 45 anos. Na infância e após os 50 anos o fenômeno é mais raro.
Sintomas
Entre os sintomas que caracterizam uma crise de enxaqueca, destaca-se:
- Crise de cefaleia, normalmente pulsátil e unilateral
- Tontura
- Irritabilidade
- Sensibilidade à luz
- Sensibilidade ao som
- Náuseas e vômitos
- Dificuldade para se concentrar
Agravantes
Cada indivíduo pode apresentar crises de enxaqueca de forma individualizada, sendo que em alguns casos tais crises não possuem um fator desencadeante muito específico. Todavia, existem fatores comumente descritos como potenciais gatilhos para crises de enxaqueca em pessoas acometidas por esta patologia, tais como:
- Estresse
- Alterações importantes na rotina do sono
- Esforço físico excessivo
- Alterações hormonais
- Abuso de medicamentos
- Jejum prolongado
- Estímulos sensoriais intensos (luzes, sons, odores)
- Mudanças climáticas repentinas
Por isso, um indivíduo que possua enxaqueca, ainda que não possa curá-la de forma definitiva, pode controlá-la, impedindo a manifestação de crises intensas através de seus hábitos de vida. Entre eles, destacam-se os seguintes:
- Evitar o tabagismo
- Praticar atividades físicas regularmente
- Ter uma rotina regular de sono (preferencialmente de 6 a 8 horas contínuas todas as noites)
- Não ficar em jejum por longos períodos
- Ter uma alimentação equilibrada, pois alimentos ricos em gordura (principalmente gordura saturada) e bebidas alcoólicas podem desencadear crises de enxaqueca
Exames
O diagnóstico de enxaqueca é feito com base no relato do paciente e em dados coletados em entrevista de anamnese, preferencialmente por um Médico Neurologista. Mas para descartar a hipótese diagnóstica de outras patologias mais graves que também podem causar cefaleia aguda e demais sintomas associados à enxaqueca, o diagnóstico diferencial normalmente requer alguns exames específicos, incluindo exames de neuroimagem e uma avaliação completa por um Neurologista.
Entre os exames para o diagnóstico da enxaqueca, a tomografia de crânio (com ou sem contraste) é um procedimento frequentemente solicitado. Contudo, em alguns casos pode ser importante realizar ressonância magnética para ter um diagnóstico mais preciso. Além disso, o eletroencefalograma pode ajudar a excluir a possibilidade de as crises de cefaleia serem decorrentes de fenômenos epilépticos.
O acompanhamento contínuo de um Neurologista é sempre importante, sobretudo em casos em que há alterações da frequência e da intensidade das crises de enxaqueca.
Se precisar de eletroencefalograma entre em contato com a Córtex.